A Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agitte), vinculada à Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (Posgrap/UFS), lançou, na última quinta-feira, 11, o edital do Programa Minha Patente. A reunião de lançamento aconteceu no Gabinete do Reitor, no prédio da Reitoria.

A iniciativa busca reunir a geração de novas tecnologias e realizar os depósitos de pedidos de patentes, além de estimular a participação no processo de desenvolvimento tecnológico e inovação, visando o fortalecimento da cultura da proteção intelectual.

Para o reitor da UFS, Valter Santana, o investimento no programa trouxe uma produção importante para a instituição, além de trazer um grande impacto para os alunos.

“A Universidade Federal de Sergipe é reconhecida pela produção de conhecimento novo e nós temos que levar para a nossa comunidade as possibilidades de ter esse conhecimento produzido aqui, inserido dentro da sociedade de diversas maneiras. Uma dessas maneiras é a produção de patentes, a produção de propriedade intelectual. Se a gente não formar os nossos alunos e professores com esse olhar, perderemos o nosso impacto. Então, temos, ao longo desses anos, visto o resultado importante que esse investimento traz. É mais um programa que fortalece a formação dos nossos alunos e a integração da universidade com a sociedade sergipana e brasileira ”, falou o gestor.

As submissões de propostas são feitas exclusivamente pelos discentes, que poderão apresentar apenas uma única proposta. Ela deverá ser realizada até o dia 22 de abril, através do formulário disponível no edital.

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O diretor da Agitte, Antônio Martins, ressaltou a posição de destaque do Minha Patente dentro do ranking do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), que avalia o número de solicitação de anteparo da propriedade intelectual de projetos desenvolvidos dentro da comunidade acadêmica.

“Nós buscamos desmistificar a redação de patentes com mentorias de atores que participam do sistema, sejam atores internos, como da agência de inovação, sejam eles atores externos. Isso possibilitou sermos top 9 entre todas as instituições, empresas e universidades. Dentre universidades, nós somos a 4ª que mais deposita patentes. Isso só mostra que estamos no caminho certo ao incentivar a inovação”, destacou o diretor.

Os projetos vinculados ao edital deste ano serão selecionados considerando o potencial da geração de propriedade intelectual, potencial de mercado da tecnologia e a efetiva transferência de tecnologia e a relevância da tecnologia para a sociedade.

O coordenador do programa na UFS, Danilo Santos, ressalta a importância da parceria entre a universidade e o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. “Hoje os alunos que participam do programa, ao término da vigência do edital, saem com o seu pedido de patente devidamente dentro das normas exigidas pelo INPI, que é o órgão que rege os pedidos de patentes. A parceria com o instituto é de grande importância para o funcionamento do edital, visto que todas as mentorias ofertadas pelo edital são feitas por ele”.

O aluno egresso e consultor do programa, Bruno Vinicius Silveira, contou como foi a sua participação no Minha Patente.

“Eu participei da primeira edição e percebei como ele consegue fazer com que o pesquisador enxergue além do que muitas vezes enxergamos em laboratório. Nós ficamos muito fechados, às vezes, em prol do conhecimento científico. Com o programa de mentoria você consegue realmente expandir sua mente nesse sentido e os alunos que agora fazem parte também do laboratório, mesmo não participando do programa, conseguem enxergar de uma forma diferente os trabalhos deles”, explicou o doutorando.

O professor do Departamento de Engenharia Elétrica, Tarso Ferreira, ratificou a importância da produção desenvolvida para o fortalecimento dos alunos.

"A participação no programa foi importante porque cria a cultura do desenvolvimento do texto de propriedade intelectual dentro da universidade, o que fortalece a formação dos alunos, por exemplo, o caso do Bruno. Na seleção para o doutorado, ele já chegou com duas patentes e um registro de software no currículo. Isso complementa muito bem a produção científica natural do pesquisador. Então, além de auxiliar o desenvolvimento dos textos e capacitar os estudantes, isso também livra a universidade de ter que terceirizar ou contratar escritórios externos para escrever textos relacionados à propriedade intelectual. A iniciativa é muito boa, já que o papel da universidade é gerar e difundir conhecimento”, salientou o professor.

O lançamento do edital contou com a participação remota da diretora executiva do Inpi,Tania Ribeiro, do chefe do Escritório de Difusão Regional Nordeste - Pernambuco do Inpi, Eduardo Bemfica, da chefe da Seção de Difusão Regional da Bahia, Viviane Almeida, e de representantes do Inpi/BA , Hélio Santa Rosa, e Inpi/PR, Cassandra Medeiros. Presencialmente, docentes e discentes egressos do programa acompanharam o lançamento.

Marcela Sousa - bolsista

Letícia Nery - Ascom UFS